Importância da Economia Digital no crescimento de Portugal’ por Jean-Philippe Courtois

As empresas, as competências e as start-ups digitais são a chave para o crescimento futuro de Portugal

Com o aumento lento do consumo e a diminuição dos números do desemprego, a confiança na economia portuguesa começa a crescer e as empresas locais a evidenciar sinais de otimismo cauteloso. Mas qual a melhor forma de as empresas portuguesas, independentemente da sua dimensão, maximizarem o seu potencial crescimento mantendo simultaneamente um apertado controlo dos custos? Como conseguirão realizar mais, com menos?

Em primeiro lugar, considero que as empresas devem focar-se em melhorar a experiência do cliente. A tecnologia teve um impacto enorme na última década e alterou drasticamente a forma como pensamos e interagimos com o mundo à nossa volta. A proliferação de dispositivos móveis ligados faz com que os clientes exijam mais e esperem uma experiência eficiente e sem falhas onde quer que estejam.

Esta mudança nas expectativas dos clientes obriga as organizações a evoluir para o digital. As empresas de hoje têm de tirar partido das tecnologias móveis e da cloud para repensar por completo os seus produtos, serviços e modelos de negócio. Estou otimista perante exemplos de companhias como a Farfetch, um negócio de moda e a primeira grande “revelação” de Portugal, uma startup de mil milhões de dólares. Com o objetivo de dar um ponto de venda único aos seus clientes, a Farfetch utiliza o Microsoft Azure para disponibilizar um modelo de comércio eletrónico inovador que oferece às lojas pequenas e independentes uma plataforma online competitiva onde podem promover a sua própria marca, sem abandonar as suas lojas físicas de tijolo e cimento. Esta transformação digital conduziu ao crescimento da empresa até esta se tornar na segunda maior retalhista de moda do país com presença online, e distinção com vários prémios desde o seu lançamento em 2008.

A BIAL, a maior farmacêutica de Portugal, protagoniza outra história inspiradora. Como uma das maiores empresas da Península Ibérica e com uma pegada global, a BIAL trouxe o seu negócio para a era digital ao acolher a tecnologia cloud e dispositivos de grande potencial. A farmacêutica alavancou a sua produtividade e viabilizou um ambiente multidispositivo, permitindo à equipa o acesso a dados e ferramentas cruciais a partir de qualquer dispositivo, em qualquer lugar.

Contudo, a transformação digital não se destina apenas a organizações de grande dimensão. As pequenas empresas e as startups são a energia do país e é gratificante ver uma cultura de startups florescente neste mercado. Acredito que a Microsoft se encontra numa posição privilegiada para ajudar a acelerar o crescimento do ecossistema empresarial em Portugal. Lançámos há pouco uma nova iniciativa denominada Ativar Portugal para capacitar e apoiar startups locais na procura de crescimento com recurso à tecnologia. O nosso objetivo é ajudar a criar 50.000 novas startups até 2020 e que cinco delas venham a ser empresas de milhares de milhões de euros. Este desejo pode parecer ambicioso mas acreditamos no potencial dos empreendedores portugueses.

Ao apoiar novas startups, estamos também a ajudar a criar novos postos de trabalho em Portugal. Mas devemos ter em mente o facto de que o setor da tecnologia no país, bem como noutras partes do mundo, possui atualmente alguma carência de pessoal de TI qualificado e existem milhares de posições que permanecem por ocupar. É também este o motivo pelo qual anunciámos um programa para ajudar a formar e certificar profissionais e programadores de TI . O programa Ativar Portugal Formação e Certificação tem como objetivo dar formação às pessoas que dela necessitam de forma a colmatar essa falha na indústria e ajudar a desenvolver o setor para que este atinja uma representação entre 3 e 5% do PIB português até 2020.

As empresas, não importa a sua dimensão, que evoluem para o digital obtêm vantagens significativas. Com um fluxo de informação mais intuitivo, a colaboração nas empresas aumenta e melhora a sua capacidade de resposta, tornando-se mais ágeis e mais orientadas para o cliente. Os empresários passam a dedicar menos tempo à procura de eficiência e à gestão de custos. Em vez disso, estão capacitados para desenvolver novos modelos de negócio baseados em dados, o que lhes permite criar valor e aumentar a competitividade global. A transformação digital está também a tornar possíveis novos modelos de trabalho: o trabalho móvel e flexível tornou-se finalmente numa realidade.

Em que áreas estamos a apoiar estes esforços de crescimento? Estamos a ajudar as empresas a ser mais produtivas. Estamos a democratizar as tecnologias e a torná-las acessíveis entre plataformas. O Office é um bom exemplo: disponível em Windows, Android e iOS. Fornecemos ferramentas como, por exemplo, o Power BI, que permite que as empresas tomem o controlo dos seus dados e os utilizem em seu benefício. E estamos empenhados em apoiar empresas de todas as dimensões, desde as startups aos grandes grupos, passando pelas PMEs, à medida que vão evoluindo no seu percurso de transformação digital.

Em última análise, o nosso objetivo é fornecer às organizações as ferramentas para realizar mais e melhor nesta era da tecnologia móvel e da cloud. Portugal está cheio de empresas que estão a adotar a tecnologia para tirar partido desta grande oportunidade de crescimento, não só do próprio negócio, mas também da economia local e global.

 

Digital businesses, skills and start-ups hold the key to Portugal’s future growth

With consumer spending slowly edging upwards and national unemployment numbers decreasing, confidence in the Portuguese economy is on the rise and local businesses are cautiously optimistic. But what is the best way for Portuguese businesses of all sizes to maximise potential growth while keeping a tight grip on costs? How can they achieve more, with less?

First, I believe that companies need to focus on enhancing the customer experience. Technology has had huge impact over the past decade and has dramatically changed the way that we think about and interact with the world around us. The proliferation of connected, mobile devices means that customers now demand more and now expect a smooth and seamless experience with everyone, everywhere.

This shift in customer expectations means that every company needs to become digital. Companies today must harness technologies like mobile and cloud to completely rethink their products, services and business models. I’m encouraged by companies such as Farfetch, a fashion company and Portugal’s first ‘unicorn’, or billion-dollar start-up. With a focus on providing a unique selling ground for its customers, Farfetch uses Microsoft Azure to power an innovative e-commerce business model that gives small, independent boutiques a platform to compete online, harnessing their own brand, without scrapping their physical bricks and mortar stores. This digital transformation has seen the company grow into the second largest fashion e-retailer in the country, winning numerous awards since its launch in 2008.

Portugal’s largest pharmaceutical company, BIAL, is another inspirational story. As one of the largest companies in the Iberian Peninsula and with a global footprint, BIAL has brought its business into the digital era by embracing cloud technology and powerful devices. The company has boosted productivity and enabled a multi-device environment, allowing staff to access critical tools and data from any device and any location.

And yet digital transformation is not just for large organisations. Small businesses and start-ups sit at the heart of the country, and it’s encouraging to see a burgeoning start-up culture in this market. I believe that Microsoft is uniquely positioned to help accelerate the growth of Portugal’s vibrant entrepreneurial ecosystem. We’ve recently launched a new initiative called Ativar Portugal to empower and support local start-ups as they seek to use technology to grow. Our aim is to help create 50,000 new start-ups by 2020 and see five become billion-dollar businesses. This may sound ambitious but we believe in the potential of Portuguese entrepreneurs.

By supporting new start-ups, we will also help to create new jobs in Portugal. Yet we must be mindful of the fact that the tech sector in the country, as in other parts of the world, is currently experiencing a shortage of qualified IT staff and thousands of positions remain unfilled. That’s why we’ve also announced a programme to aid training and certification of IT professionals and developers. The Ativar Portugal Training and Certification program aims to provide training to those who need it to fill that gap, and help boost the sector to represent 3-5% of national GDP by 2020.

Companies of all sizes that successfully transform into digital businesses see significant benefits. As information flows more smoothly in and out of an organisation, collaboration increases and companies become more responsive, more agile and more customer-oriented. Leaders can dedicate less time to finding efficiencies and cutting costs. Instead, they’re empowered to develop new data-based business models. This enables them to create value and increase global competitiveness. Digital transformation is also making new working models possible: flexible, mobile working has finally become a reality.

Where are we supporting these growth efforts? We’re helping businesses to be more productive. We’re democratizing technologies and making them accessible across platforms. Office is a great example, available on Windows, Android and iOS. We’re releasing tools like Power BI which empower businesses to take control of their data and use it to their advantage. And we’re committed to supporting businesses of all sizes, from start-ups to SMBs to major conglomerates, as they embark on their digital transformation journeys.

Ultimately, our goal is to empower organisations to achieve more in today’s mobile-first, cloud-first world. Portugal is full of businesses who are embracing technology to capitalise on the huge opportunity to grow not only their own business, but the local and global economy.

Jean-Philippe Courtois, Presidente da Microsoft Internacional