2016: inovação, empreendedorismo, sociedades inclusivas e impulso para a América Latina

Por César Cernuda //

Os ciclos do calendário são importantes porque nos dão referência, mas o que realmente importa são as metas que definimos, além dos prazos e datas. Neste ano, foram muitas as metas cumpridas e, nos próximos parágrafos, compartilharei alguns casos que me impressionaram desde que retornei à América Latina, seis meses atrás, e que demonstram como impulsionamos a região por meio da transformação digital, nosso principal objetivo.

A tecnologia impulsiona a inovação. Quando as pessoas se apropriam da tecnologia, o processo de inovação é uma consequência. Neste ano, conhecemos pessoas e organizações que são um exemplo disso.

Pelo lado das empresas, a inovação também chega na forma de implementar a tecnologia. Inanna, uma empresa produtora de software na Colômbia, é um exemplo disso ao fazer com que seus clientes do setor de saúde transformem a operação hospitalar graças à nuvem, o que se traduz em melhor relação médico-paciente, ao possibilitar o acesso ao histórico médico de uma pessoa.

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Hoje, a nuvem é uma realidade para as organizações da região. Sem dúvida, este ano muitas novas empresas começaram a aproveitá-la. E a Internet das Coisas, com a consequente análise de dados, é uma tendência em alta.

Por exemplo, a EPIMED, no Brasil, é uma instituição de saúde que conseguiu reduzir erros e melhorar a atenção dentro das unidades de tratamento intensivo (UTI). Baseados em uma análise de dados na nuvem, os médicos obtêm informações valiosas de forma rápida. Assim, tomam melhores decisões, que se traduzem em 21% menos infecções na UTI e na redução das taxas de mortalidade.

São muitos os casos como esse na região. No Chile, o Ministério de Habitação e Desenvolvimento Urbano passou de uma plataforma de gestão de procedimentos a uma aplicação para projetos e autorizações de construção, diminuindo de 248 dias para 28 dias o prazo de uma licença, à medida que os processos se modernizam e ficam mais transparentes.

Ambos os casos afetam de maneira positiva a saúde e a qualidade de vida. O caso da Conin, na Argentina, é importante por ter a nobre missão de erradicar a desnutrição. A Microsoft doou a tecnologia para que, com a inteligência de negócios e a análise de dados, essa organização obtenha uma visualização completa da situação em várias comunidades. Ao contar com informações em tempo real, seus colaboradores podem atender da melhor maneira a quem mais precisa. A ideia é compartilhar essa mesma solução com outras ONGs no resto da América Latina e fazer com que a região seja transformada dessa forma.

De outro lado estão as pessoas que provocam as mudanças. Como Marta Salazar, educadora chilena participante da E2 Educator Exchange, que comenta que “a educação é a única ferramenta de mudança social, e a tecnologia agrega, pois é um meio para que as crianças alcancem o conhecimento”. Marta recebeu reconhecimento no evento pela maneira com a qual gera conhecimento através da colaboração em sua aula, facilitada por ferramentas tecnológicas.

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Os estudantes latino-americanos sabem muito bem o que podem realizar com a tecnologia. Uma prova disso é a equipe brasileira Tower Up, que participou da Imagine Cup este ano e foi reconhecida pelo seu trabalho ao criar “Sonho de Jequi”, um jogo para smartphones que mostra o problema da falta de água no Vale do Jequitinhonha. A partir do jogo, podem ser feitas doações para criar cisternas na comunidade, ao mesmo tempo em que se conhece mais da cultura, arte e música daquela região do Brasil. Segundo eles, o objetivo é “melhorar a vida das pessoas por meio da tecnologia”.

Estou convencido que o poder transformador da tecnologia seguirá seu caminho implacável em 2017, para possibilitar um melhor porvir para a religião. Boas festas e nossos melhores desejos.

César Cernuda é Presidente de Microsoft América Latina.

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