Nova pesquisa aponta liderança da abordagem híbrida da nuvem

Por Julia White //

No início da primavera, mais uma vez convidamos nossa comunidade de profissionais de TI, desenvolvedores e tomadores de decisão em tecnologia a participar da Pesquisa do Futuro da Nuvem 2016 conduzida pela North Bridge Growth Equity Venture Partners e pela Wikibon, empresa que analisa anualmente as tendências na computação em nuvem, usos e desafios.

Os resultados estão aí, e enquanto muitas das constatações reiteram as tendências que temos visto, há também algumas novas emergindo. Nesse início de 2017, quero compartilhar algumas de minhas ideias sobre as principais conclusões da pesquisa.

Como observamos anteriormente, o uso da tecnologia de nuvem por organizações de todos os tamanhos atingiu altos níveis de adoção. Esta pesquisa mostra que 42% das organizações têm uma estratégia de nuvem, em primeiro lugar ou exclusivamente, e outros 49% estão usando nuvem em aspectos-chave de seus sistemas de tecnologia. Isso significa que mais de 90% das empresas pesquisadas relatam que estão usando nuvem de forma significativa. Não é mais uma questão de “se nos movemos para a nuvem”, mas quando e como. A partir deste conjunto robusto de informações de pesquisa, aqui está o que eu achei mais interessante:

Híbrido é o caminho lógico a seguir.

A nuvem híbrida, que significa uma combinação de nuvem pública e sistemas locais, continua sendo a abordagem mais comum nas organizações. O estudo Futuro da Nuvem revelou que um modelo híbrido ainda é a estratégia predominante para 47%, seguido do uso puramente público de nuvem, com 30%. Em nossa própria pesquisa com 2.500 profissionais de TI, descobrimos que o híbrido não é apenas uma estratégia de curto prazo – 9 em 10 (91%) dos trabalhadores em TI acreditam que a nuvem híbrida continuará sendo a abordagem de suas organizações nos próximos cinco anos. Cada organização tem um determinado conjunto de sistemas existentes e políticas de negócios, portanto, usar uma mistura de nuvem pública e sistemas locais simplesmente faz sentido. Isso significa que as organizações devem garantir que a nuvem híbrida seja eficiente. Sistemas híbridos não podem ser duas infraestruturas separadas conectadas, mas funcionando em paralelo; deve haver consistência na gestão, segurança e experiência de desenvolvimento para tornar isso viável.

Os inibidores da adoção da nuvem estão mudando – a dependência de fornecedores e a privacidade surgem como preocupação, enquanto as empresas ficam mais confortáveis com a segurança.

Embora a segurança continue sendo o principal inibidor do uso da nuvem, estamos satisfeitos por ver que a preocupação global diminuiu consideravelmente desde 2015. Interessante nesta pesquisa, 50% dos entrevistados citam a segurança como um benefício de usar a nuvem, enquanto 50% dizem que é uma barreira. Devemos esperar que o percentual continue a aumentar a favor da nuvem como um benefício.

Enquanto os temores com segurança diminuem, as preocupações com privacidade aumentam. Em 2011, a privacidade nem sequer chegava perto do topo da lista e agora subiu para o número 3 entre os temores relacionados à nuvem. Com novas regulamentações, como o GDPR (General Data Protection Regulation ou Regulamento Geral de Proteção de Dados europeu), faz sentido que as preocupações com a privacidade estejam subindo e provavelmente continuarão a aumentar. Isso também significa que as políticas e o histórico de privacidade dos provedores globais de nuvem devem esperar um maior escrutínio, apropriadamente.

Pela primeira vez, as preocupações com dependência de fornecedor subiram para o segundo ponto mais alto. A nuvem não é diferente dos sistemas locais, e os clientes precisam saber que podem mudar de curso, se e quando necessário. Em um post recente sobre os mitos da nuvem, eu falei sobre por que as empresas precisam de vários fornecedores de nuvem pública, e a ascensão de soluções de gerenciamento multinuvem para as empresas administrarem esses sistemas. A crença de que um fornecedor de nuvem pode atender a todas as necessidades simplesmente está fora da realidade e cheira a arrogância do vendedor. O equilíbrio para as organizações é a mistura de tecnologia de nuvem para atender a diferentes necessidades. Os sistemas de negócios baseados em Software como Serviço (SaaS) são os mais eficientes, mas são igualmente não-portáveis como seus equivalentes locais. Os serviços de plataforma oferecem maior eficiência de desenvolvimento do que a Infraestrutura como Serviço (IaaS), mas podem ser menos portáveis. Fundamentalmente, a nuvem não altera preocupações ou dinâmicas de dependência de fornecedores, mas a realidade nas opções de tecnologia continua.

SaaS inicia a jornada na nuvem, depois vêm IaaS e PaaS.

Muitas vezes, começar com aplicativos de negócios SaaS é o primeiro passo no uso da nuvem para a transformação digital de uma empresa. Vemos que muitos de nossos clientes corporativos começam com o Office 365 e, em seguida, adotam o Azure para executar outros aplicativos comerciais existentes em Infraestrutura como Serviço (IaaS) e, em seguida, aproveitem a eficiência de desenvolvimento para criar novas soluções com as ofertas Azure de Plataforma como Serviço (PaaS).

Com isso, não surpreende que 7 em cada 10 empresas afirmaram usar SaaS em sua organização, seguido por Infraestrutura como Serviço, com 58% dos entrevistados implementando o IaaS para computação. A Plataforma como Serviço (PaaS) é implantada por 45% dos entrevistados, mas espera-se um maior aumento nos próximos dois anos, crescendo 19%. Apesar do foco do mercado na tecnologia IaaS, constantemente ouço os clientes falarem sobre a eficiência do uso das tecnologias SaaS e PaaS. Esta tem sido uma razão fundamental pela qual, através da nuvem da Microsoft, temos nos concentrado nessas áreas – serviços de Office 365, Dynamics 365, PowerApps, Flow, Azure IoT e Cortana Intelligence, entre outros.

Inovações continuam a conduzir a adoção da nuvem; emerge o modelo DevOps.

Inovações tecnológicas – desde IoT e análise avançada até contêineres e realidade virtual – estão criando novas possibilidades para a transformação digital das empresas. Muitas dessas tecnologias só são viáveis usando um modelo de nuvem – aproveitando os modelos de escala, agilidade e custo que a nuvem fornece. Para este fim, as organizações relatam que seus investimentos em nuvem estão nessas áreas tendo análise como prioridade máxima (58%), mais da metade (52%) dizem que os contêineres são uma prioridade e 48% estão investindo em IoT. A realidade virtual é uma área emergente em inovação, com 16% apontando-a como prioridade. Reforçar o foco na inovação rápida, tanto móvel quanto open source, é agora duas vezes mais provável do que no ano passado como indutor da computação em nuvem.

Com esse foco na inovação, também estamos vendo um aumento em DevOps. Mais da metade (51%) iniciaram o DevOps em pequenas equipes – 37% acima do ano anterior –, e 30% das empresas iniciaram o DevOps em grandes equipes em toda a empresa, o dobro do ano passado. Também vemos essa tendência em nossa base de clientes, com muitas organizações de TI tradicionais se classificando como DevOps em pesquisas e registros de eventos.

Estas são apenas algumas das principais tendências que detectei nesta pesquisa. Adoraria ouvir sua avaliação sobre o que 2017 vai trazer na adoção da nuvem e tendências. Junte-se a nós na conversa sobre #futureofcloud (#futuroda nuvem).

Julia White é Vice-Presidente Corporativa da Microsoft.

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