“A inovação corre em nossas veias”: Como o Grupo Bimbo está usando dados na busca pelo sucesso

Tudo começou em 1945, como uma pequena padaria na Cidade do México que vendia quatro tipos de pães e que adotou o desenho de um urso branco com um chapéu de chef, um avental e um pão debaixo do braço como sua imagem.  

A partir de seu humilde começo, o Grupo Bimbo evoluiu para se tornar uma das mais importantes empresas de panificação do mundo, com 203 padarias e operações em 33 países. Seus mais de 10.000 produtos incluem marcas populares, como Oroweat, Sara Lee, Entenmann’s e Takis. 

Produzir milhões de pães, bolos e lanches diariamente com consistência e alta qualidade requer uma atenção meticulosa a métricas e dados. Por isso, há alguns anos, o Grupo Bimbo começou a trabalhar com a Microsoft para fazer da transformação digital a base de sua estratégia de negócios. A empresa adotou o Microsoft Azure como seu provedor de nuvem e implantou a tecnologia Azure IoT em sua solução GB Connected, que coleta análises dos dispositivos e máquinas de fabricação da empresa em tempo real.   

Além disso, o Grupo Bimbo implementará o Microsoft Cloud for Sustainability em suas operações globais. A solução permitirá que a empresa integre dados de várias fontes em suas operações e cadeia de suprimentos para obter uma visão completa de seus esforços de sustentabilidade.  

O News Center Latin America conversou recentemente com Juan Pajón, diretor de sistemas corporativos do Grupo Bimbo, sobre como a empresa de 77 anos está usando dados e tecnologias para expandir seu sucesso e crescer no futuro.     

 

NEWS CENTER: Por que o Grupo Bimbo decidiu embarcar nessa transformação digital? O que vocês esperavam mudar ou melhorar?  

A inovação corre em nossas veias. Nossa história tem sido marcada por um grande sucesso por mais de 77 anos, e queremos mantê-la assim. Queremos continuar inovando na indústria de panificação.  

Com toda a inovação e os aspectos transformadores que a tecnologia trouxe para a indústria, sabíamos que não havia como continuar fazendo isso sem o uso da tecnologia. O mais importante para nós é que a tecnologia por si só não é suficiente. Precisamos transformar a maneira como trabalhamos. Precisamos causar impacto no negócio por meio da tecnologia para impulsionar os processos de mudança e aumentar a retenção de nossas equipes.    

Essa transformação tecnológica nos colocará em uma posição em que seremos mais ágeis e capazes de responder às tendências e necessidades do mercado muito mais rapidamente. E, o mais importante, trabalharemos com nossos dados, que estarão prontos para serem consumidos e transformados em informações e insights de negócios.    

 

NEWS CENTER: Como você define a transformação digital e o que ela significa para o Grupo Bimbo?  

Para mim, a transformação digital só tem valor se conseguirmos causar um impacto comercial na empresa, para fazê-la crescer e vencer as batalhas do mercado. Não se resume apenas à automação ou digitalização, mas deve haver uma razão comercial por trás disso.  

Nos próximos anos, nos concentraremos em nossa estratégia centrada no consumidor, e só poderemos conseguir isso se usarmos os dados – não apenas nossos próprios dados, mas também dados relacionados ao perfil de nossos consumidores. Essa estratégia será muito importante para nós.    

Também estamos trabalhando no que chamamos de “obsessão pela linha de frente”. Como parte desses esforços, estamos trabalhando em diferentes vertentes. É extremamente importante para nós facilitar a vida dos trabalhadores da linha de frente e garantir que, por meio da tecnologia, possamos ajudar nossa equipe de vendas a se concentrar e atender os clientes – fazendo isso com muito mais eficiência. E o mesmo ocorre com os nossos trabalhadores na linha de produção. Também estamos trabalhando fortemente para digitalizar nossas atividades diárias.  

NEWS CENTER: Quais são essas vertentes que você mencionou em seus esforços de obsessão pela linha de frente do Grupo Bimbo? 

Uma delas são os dados. Consiste em limpar e identificar anomalias de dados, a fim de corrigi-las de forma muito mais proativa e rápida. A outra é a cadeia de valor. Estamos trabalhando em iniciativas para tornar as linhas de produção mais eficazes em nossos processos de fabricação e exercícios de manutenção. 

Além disso, complementaremos esse aspecto com nosso programa industrial de Internet das Coisas (IoT), o GB Connected, com o qual estamos gerando ações para contarmos com mais informações sobre a eficiência da produção em tempo real. Todos na empresa, de executivos a funcionários que trazem pães frescos do forno, confiam nos dados, dando à produção de um alimento tradicional um sabor maravilhoso do século XXI.

 

NEWS CENTER: Como o Microsoft Cloud for Sustainability impacta os esforços digitais e as metas de sustentabilidade do Grupo Bimbo?  

Até 2025 queremos que nossas operações usem energia elétrica 100% renovável eaté 2050 queremos nos tornar uma empresa de carbono líquido zero. Queremos ter certeza de que nossas operações industriais não afetam o planeta, por isso usaremos energia limpa. Também estamos nos esforçando para reduzir o desperdício de alimentos.    

A sustentabilidade foi um aspecto muito importante quando começamos a trabalhar mais de perto com a Microsoft nos últimos anos. Entendemos que atuar de maneira responsável com o meio ambiente não é algo que fazemos só porque precisamos, é a maneira como fazemos negócios. E acho que compartilhamos muitos valores, ambições e metas em termos de sustentabilidade com a Microsoft.  

Nos unimos à Microsoft para cocriar a solução Cloud for Sustainability, que é realmente importante para nós. Estamos no processo de implantá-la em nossas operações globais, o que nos ajudará a ter maior controle e visualização de nossas metas de sustentabilidade para o futuro.  

 

NEWS CENTER: Quais foram os principais desafios até agora para o Grupo Bimbo na jornada de transformação digital? 

Um dos desafios foi garantir que trabalhássemos com a nossa equipe de gestão de mudanças para alcançar uma adoção bem-sucedida de novas tecnologias, porque, de certa forma, tivemos de mudar a forma como trabalhamos. Estávamos acostumados a trabalhar em um mundo local, onde personalizávamos e ajustávamos as ferramentas. E agora, no novo mundo do SaaS (Software como um Serviço), a adoção é a palavra-chave. Por isso, o aspecto cultural é importante.   

Para que uma transformação seja bem-sucedida, precisamos prestar atenção a três aspectos fundamentais: pessoas, processos e tecnologia. Não basta investir em tecnologia se não investirmos também nas nossas pessoas e se não mudarmos a forma como trabalhamos.  

A transformação digital traz muitas coisas positivas, mas também implica um novo desafio em termos de cibersegurança. Antes trabalhávamos principalmente em escritórios corporativos, e hoje trabalhamos de diferentes lugares, como nossa casa, lanchonetes ou nossos locais operacionais, como padarias ou centros de distribuição, com mais frequência do que antes. Portanto, o que precisamos agora é nos proteger considerando um ambiente muito maior. Implementamos o pacote de segurança da Microsoft, isso nos ajudou a garantir que, à medida que crescemos, o fazemos de forma responsável e segura. 

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