Com apoio da Fenasbac, Banco Central, Brazil Quantum e Microsoft exploram o uso de criptografia pós-quântica para melhorar segurança do Sistema Pix

Estudo analisou a viabilidade de algoritmos resistentes aos ataques quânticos, que podem representar ameaças no sistema de pagamentos instantâneos no futuro 

 

O Banco Central do Brasil e a Brazil Quantum, com suporte da Microsoft e apoio da Federação Nacional de Associações de Servidores do Banco Central, realizaram um estudo sobre o uso de criptografia pós-quântica para melhorar a segurança do Sistema de Pagamentos Instantâneos, o Pix. A pesquisa analisou a viabilidade de algoritmos resistentes a ataques por computadores quânticos no Pix, já que a evolução dessa tecnologia pode representar ameaças à segurança do sistema no futuro. 

“Nos últimos anos, o investimento na Computação Quântica vem crescendo vertiginosamente, atraindo a atenção do mercado e proporcionando o desenvolvimento de novas empresas. Visando esse cenário, apesar da tecnologia hoje ainda ser limitada, pode-se esperar que a partir da evolução de computadores, os computadores quânticos podem representar uma ameaça tangível à criptografia vigente no Pix atual”, afirma Rodrigo Ferreira, presidente do Brazil Quantum. 

Segundo Aristides Cavalcante, Líder de Segurança Cibernética e Inovação Tecnológica do Banco Central, foi proposto um estudo de viabilidade da aplicação de um dos algoritmos em avaliação pelo NIST (National Institute of Standards and Technology), direcionado para assinaturas digitais. “Exploramos o Picnic no sistema Pix avaliando os critérios de segurança, performance e facilidade de transição de um sistema criptográfico clássico para outro pós-quântico”, explica. 

A pesquisa concluiu que, em termos de capacidade e tempo de processamento, o algoritmo Picnic ainda é incompatível com as demandas atuais do Pix, porém, mostra fatores positivos como a segurança, menores chaves públicas e diversidade, que tornam a solução promissora para o uso em larga escala em assinaturas digitais no futuro. 

“O estudo representa passos importantes para um sistema de pagamentos instantâneos ainda mais seguros no futuro, visando a atual eficiência dos serviços e processos”, diz Rafael Veríssimo, diretor da Brazil Quantum. 

O estudo é tema do artigo Análise da viabilidade de aplicação de métodos de criptografia pós-quântica aplicados ao sistema de pagamentos instantâneos brasileiro (Pix), escrito por Rodrigo Ferreira, Pedro Ripper e Rafael Veríssimo da Brazil Quantum e Aristides Cavalcante, do Banco Central, com o apoio de pesquisas da Microsoft. O arquivo foi publicado e está disponível no site da Fenasbac, nas versões em português e em inglês. 

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