Com inscrições até 15 de janeiro, competição global da Microsoft abre oportunidades de mentoria, networking e entrada no mercado de trabalho.

Imagine Cup acontece desde 2003 e conta com participantes de todo o mundo. Além do prêmio em dinheiro, o evento coloca estudantes em contato com grandes profissionais do mercado. Conheça casos de participantes.

 

As inscrições para a Imagine Cup 2022, competição estudantil global organizada anualmente pela Microsoft, estão se encerrando e vão até 15 de janeiro. O torneio tem como objetivo reunir estudantes de diversas localidades do mundo para desenvolver projetos que resolvam desafios globais. Este ano, o foco será em quatro categorias: Terra, Educação, Saúde e Estilo de vida. As equipes podem criar soluções que atendam necessidades nessas frentes e devem incluir um componente do Microsoft Azure, levando também em consideração a diversidade, inclusão e acessibilidade.

Essa é a 20ª edição da Imagine Cup e as mentes mais brilhantes do Brasil são convidadas a se inscreverem e representarem o País na competição. Os brasileiros estão presentes em todas as edições e mais de 200 mil deles já participaram, sendo nove equipes nacionais campeãs. Os ganhadores conquistam mentorias, oportunidades de trabalho e prêmios em dinheiro. Muitos, inclusive, seguem carreiras na Microsoft.

 

Oportunidade de crescimento

Quando Jamil Lopes teve seu primeiro contato com a Imagine Cup, em 2003, percebeu o potencial que a competição representava para os estudantes brasileiros. Ele ficou sabendo do torneio numa conversa com Rogério Panigassi, o então responsável pela área acadêmica da Microsoft Brasil.

Na época, Jamil trabalhava com o licenciamento de instituições estudantis para produtos da Microsoft, o que lhe possibilitava ter contato com muitos jovens alunos e suas respectivas escolas e universidades. Ele aproveitou as visitas de rotina que realizava em seu trabalho para incentivar mais jovens a participarem da Imagine Cup, facilitando o processo de inscrição e desenvolvimento das ideias. Seu objetivo era tornar o Brasil uma potência na competição, pois ele sabia que era uma grande oportunidade de crescimento para qualquer um que participasse dela.

Graças ao empenho de Jamil, por diversas edições o Brasil esteve entre os primeiros colocados em número de projetos inscritos na Imagine Cup, à frente, inclusive, de países como os Estados Unidos, China, Índia e Reino Unido.

Por conta de sua iniciativa, Jamil esteve envolvido em todas as edições da Imagine Cup até hoje, como divulgador, participante, mentor e, agora, juiz. Ele também esteve presente na maioria das finais mundiais.

O foco de seu trabalho fez com que Jamil se tornasse MVP (Microsoft Most Valuable Professional, reconhecimento dado pela empresa aos profissionais de destaque do mercado). Ele também desenvolveu uma placa eletrônica educativa que fica em exposição permanente no MTC (Microsoft Technology Center) e conheceu pessoalmente os CEOs da Microsoft Bill Gates, Steve Ballmer e Satya Nadella.  Hoje Jamil faz parte de um grupo seleto de 90 pessoas que ajudam no desenvolvimento e aprimoramento das versões do Windows. “Posso dizer que tudo começou com a Imagine Cup, lá em 2003”, afirma o atual diretor regional da Microsoft.

Equipe brasileira na final mundial da Imagine Cup de 2009, no Egito (Foto: Divulgação)

 

Entre 350 mil inscritos, uma brasileira campeã

A equipe Signum Games da universidade Positivo, localizada em Curitiba, no Paraná, foi a campeã mundial na edição de 2011 da Imagine Cup com o projeto “U Can”, na categoria game design Windows Xbox. O evento foi realizado em Nova York, nos Estados Unidos, e marcou a terceira vez que o Brasil foi reconhecido na categoria de games na história da competição.

O “U Can” foi desenvolvido em um ano para ser um game de estratégia, em que os jogadores pudessem estimular o pensamento estratégico. O personagem está em uma cidade e deve resolver problemas com boas ações e voluntariado, e com isso, passar para a próxima fase. O jogo teve destaque entre os 350 mil inscritos e as 80 soluções apresentadas. Na época, a condição para participar era desenvolver uma solução com base nas metas do milênio da ONU.

Rafaela Costa, uma das integrantes da equipe vencedora, conta que além do prêmio de US$ 8 mil, os integrantes receberam um convite para fazer parte da universidade Positivo e que algumas empresas os convidaram para publicar o título.  Rafaela afirma que ganhou uma nova vida após a participação na competição. “Foi uma verdadeira transformação positiva em minha carreira. Depois disso, fui convidada a palestrar sobre o impacto da Imagine Cup em minha vida e a incentivar, especialmente, a entrada de mulheres no setor de TI”, afirma.

Após se formar, tornou-se professora na Positivo, o que facilitou seu contato com jovens estudantes. Ela não só os incentivou a inscreverem suas ideias na Imagine Cup, como treinou equipes finalistas – uma das quais foi ganhadora em edições posteriores da competição. Devido ao seu empenho e relação próxima com a Microsoft, Rafaela também foi convidada a participar como juíza em uma das edições da Imagine Cup.

Hoje, Rafaela vive nos Estados Unidos e trabalha como Program Manager em diferentes projetos para além da área de games. “A Microsoft sempre esteve aberta e cheia de oportunidades, cabe às pessoas saberem aproveitá-las”, conta. “Ainda que os estudantes não vençam, só o fato de participar e estar envolvido nesse processo já facilita o surgimento de oportunidades de networking e trabalho que valem para toda a sua carreira”, completa.

‘Ucan’ coloca o jogador para resolver problemas encontrados em cidades (Foto: Divulgação)

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