Neste 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, podemos ver que o nosso planeta está mudando.
Em todo o mundo, as pessoas estão se confrontando com a questão de como crescer e prosperar usando menos recursos. O crescimento da população urbana é um importante fator; estima-se que, até 2030, cerca de 60% da população global viva em cidades. Essa migração urbana será sentida mais profundamente na Europa, onde se prevê que mais de 80% da população viva em cidades até 2050.
Precisamos de recursos para suportar este crescimento e eles podem ser conseguidos apenas com um planeta saudável. Acelerando o ritmo da inovação tecnológica e democratizando os benefícios da nuvem, as pessoas podem adaptar-se melhor e prosperar neste mundo de recursos limitados.
No passado, a revolução industrial não deu prioridade à saúde das pessoas ou do planeta. Os custos e os benefícios destas transformações foram desigualmente distribuídos pelas comunidades e países. A revolução atual é diferente. A chamada “quarta revolução industrial” oferece informações melhores e insights do que já foi feito. Estamos descobrindo novas formas de usar a tecnologia, reduzir as emissões de gases estufa e gerir o consumo de recursos, de uma forma que não é só boa para a economia, como para as comunidades e o ambiente.
Construir redes mais verdes
O crescimento populacional significa aumento na procura por sistemas de transportes, saúde, serviços e utilidades. Para atender a esta procura, governos e municípios estão começando a adotar tecnologias de “cidades inteligentes” que tornarão as nossas áreas urbanas mais seguras, saudáveis e melhores locais para se viver. Porém, para que estes serviços sejam possíveis, são necessárias infraestruturas subjacentes mais fortes.
Na Holanda, o município de Heerhugowaard, em parceria com a Microsoft, a IBM e outras empresas, está testando uma plataforma de rede elétrica inteligente, que vai gerar a energia das cidades do futuro. Atualmente, a maior parte da energia é gerada por uma fonte e flui num só sentido – em direção aos consumidores. Porém, num futuro próximo, isso vai mudar. As fontes de energia serão mais diversas e ela fluirá nos dois sentidos, do consumidor para a rede também. Para tornar isto possível, precisamos de controlos inteligentes nos nossos sistemas de energia.
Pelo projeto Energie Koplopers, 200 habitações num bairro de Heerhugowaard foram equipadas com fontes de energias renováveis, contadores e termostatos inteligentes. Essas casas estão conetadas à Plataforma do Serviço de Energia Inteligente (PSEI), desenvolvido pelo grupo ICT, que funciona na nuvem Microsoft Azure. O PSEI combina a Internet das Coisas, Big Data e tecnologia de aprendizagem de máquina num só sistema, que oferece melhores insights sobre como a energia está sendo usada em todo o bairro. A plataforma também usa o Universal Smart Energy Framework (USEF), uma iniciativa pan-europeia que produz um padrão para sistemas de energia inteligentes. Com o PSEI, a energia já não é somente uma troca de um único sentido, do fornecedor para o consumidor. A tecnologia permite que todos contribuam para um fluxo de energia mais inteligente e sustentável.
O potencial desse projeto é enorme. No futuro, todas as habitações, escritórios, carros, fábricas e outros serviços Smart City vão precisar usar e contribuir para uma rede inteligente e flexível, que assegure que todos tenham a energia que precisam, quando precisam.
Desenvolver edifícios sustentáveis
Tão importante quanto gerir os nossos recursos à escala macro ou ao nível de uma cidade, é garantir que todos os grandes edifícios possam operar de uma forma amiga do ambiente. A Stockrose é uma empresa de gestão de propriedade, com sede na Suécia, que conta com cerca de 250 edifícios e 10 mil apartamentos transformados em edifícios inteligentes e sustentáveis. Com o uso do Microsoft Azure IoT Hub, uma plataforma segura para a conexão de equipamentos da Internet das Coisas, a Stockrose pode monitorar o consumo de energia e água quente usando sensores instalados em todas as casas. Toda a informação é partilhada com a permissão dos inquilinos e para seu benefício. Inquilinos que usem menos energia nos edifícios Stockrose pagam menos – uma forma simples de como a tecnologia pode motivar as pessoas a reduzir a sua pegada ambiental.
“Sustentabilidade não é só um palavrão”, diz Richard Lind, Executivo Chefe da Stockrose. “É uma grande promessa, mas é também uma aposta certa para um grande número de investidores. Aquecimento, água e energia, hoje em dia, respondem por cerca de 34% dos custos operacionais do edifício. É seguramente uma vitória para os proprietários, que podem baixar seus custos operacionais.”
Viver vidas mais sustentáveis
Ampliando ainda mais a escala até um simples quarto, podemos ver que hoje em dia há tecnologia que pode melhorar a nossa qualidade de vida e ambiente. Aproximadamente 467.000 europeus morrem prematuramente, todos os anos, devido à poluição do ar (Agência Europeia do Ambiente). Com o aumento do tempo passado no interior dos escritórios, é vital que as empresas percebam a importância da qualidade do ar dentro dos edifícios.
Na Itália, a empresa de biotecnologia U-Earth desenvolveu unidades de purificação de ar independentes que capturam e destroem contaminantes. Com o apoio da nuvem Microsoft Azure para analisar a informação em tempo real, a U-Earth lançou a iniciativa “Pure Air Zone”, que oferece a organizações a purificação e deteção da qualidade do ar. O objetivo é aumentar a notoriedade e transformar as Pure Air Zones em algo tão básico como o wi-fi ou a água canalizada – melhorando a qualidade de vida e a saúde de todos – divisão a divisão.
Um amanhã mais sustentável
À medida que a tecnologia vai melhorando a forma como vivemos nossas vidas, vai também continuar a ter um profundo impacto na forma como tratamos o ambiente. Estes são apenas alguns dos muitos projetos que utilizam a Microsoft Azure para mais bem gerir os recursos e reforçar a sustentabilidade. São projetos assim que nos mostram como a tecnologia não está contra o ambiente. Como indivíduos, empresários e comunidades, podemos utilizar estas tecnologias que transformam as nossas sociedades e nos tornar cidadãos mais sustentáveis e globais. Este futuro não é só melhor para o planeta, é melhor para todos nós.