Dia Internacional da Mulher: três formas simples para incentivar mulheres em STEM

Por Mary Snapp //

Mary Snapp, promovendo ciência e tecnologia em escolas do ensino médio em 1976.

Mulheres em todo o mundo tomarão as ruas no Dia Internacional da Mulher para exigir progresso na igualdade de gênero em oportunidades econômicas, educação e outras questões importantes. O tema deste ano, #PressforProgress, está em perfeita sincronia com os desafios que a sociedade enfrenta.

Eu sei como é ser a “primeira mulher”. É muito solitário! Parece que todos os olhos estão voltados para você. Fui a primeira mulher contratada por uma empresa automobilística para dar demonstrações científicas e tecnológicas em reuniões de escolas do ensino fundamental e médio, estive na estrada durante muitos meses. Também fui a primeira advogada contratada na Microsoft, apoiando os grupos de engenharia e a “única mulher na reunião” durante muito mais tempo do que gostaria. Se não fosse por alguns mentores que me incentivaram, provavelmente teria deixado a minha profissão como uma profissional de relações públicas e, mais tarde, uma advogada. Agora, é uma honra “seguir em frente”.

Como sociedade, temos a responsabilidade de inspirar a próxima geração de lideranças femininas em ciência, tecnologia, engenharia e matemática, ou STEM (Sciente, Technology, Engineering and Mathematics, em inglês). Os estudantes de hoje – conhecidos como geração Z – são diferentes de qualquer geração anterior. Eles são digitais, com a criatividade e a confiança para usar o STEM em mudanças positivas. No entanto, estamos falhando em entusiasmá-los com as possibilidades que os estudos e as carreiras nessa área oferecem. A menos que as coisas mudem rapidamente, muitos dessa geração não estarão nessa área.

Essas são algumas das razões pelas quais a Microsoft Philanthropies fornece subsídios para organizações sem fins lucrativos, que priorizam o aumento da diversidade em ciência da computação, com mais da metade dos beneficiários femininos. Nos últimos quatro anos, nos associamos ao Girls Who Code, por exemplo, para receber meninas do ensino médio inscritas no programa de imersão sem fins lucrativos. As meninas gastam uma parte do verão em muitos dos nossos campi, nos EUA, aprendendo a construir aplicativos, jogos, sites e hardware. As mulheres da Microsoft orientam as meninas e, muitas vezes, mantêm contato após o final do programa.

A Microsoft Philanthropies fornece subsídios para organizações sem fins lucrativos, incluindo a Girls Who Code, que priorizam o aumento da diversidade em ciência da computação. (Foto: Girls Who Code).

Outra organização sem fins lucrativos que apoiamos é a Laboratoria, com sede em Lima, no Peru, que treina, em poucos meses, jovens mulheres de baixa renda para se tornarem desenvolvedores web. Empresas contrataram mais de três quartos das graduadas da Laboratoria para cargos tecnológicos, que contam com habilidades em ciência da computação, e a graduanda triplica sua renda.

“Sempre tive aquele desejo de ajudar e avançar”, disse Lizeth Kenny Lopez Zamudio, graduada da Laboratoria, sobre sua experiência com o programa. Ela participou de uma oficina da Microsoft Azure, onde aprendeu a usar novas plataformas de software, linguagens de programação e inteligência artificial. Ela usa essas habilidades em seu trabalho, em uma empresa de serviços financeiros por meio da programação de chatbots de serviço ao cliente, trabalhando remotamente em uma máquina virtual e apresentando estudos de caso sobre o Azure.

Nossa equipe de educação também faz um excelente trabalho em todo o mundo ajudando a inspirar meninas a estudar ciência da computação. Entre muitos exemplos, uma parceria com os Emirados Árabes Unidos ajuda a apoiar as meninas enquanto participam de competições de tecnologia internacionais. Nossa equipe de educação também desenvolve currículos STEM, como Minecraft: Education Edition, Hacking STEM e MakeCode, que ajudam os educadores a envolver os alunos com experiências interativas e imersivas em STEM. Os tutoriais do Minecraft que eles construíram para a Code.org, uma organização sem fins lucrativos que também prioriza a participação das meninas, atingiu mais de 85 milhões de pessoas.

Para o Dia Internacional da Mulher, e todos os dias, estou chamando todos – mulheres e homens – para dar os primeiros passos no incentivo de mulheres e meninas a seguirem carreiras em STEM. Aqui estão algumas maneiras de se envolver:

  • Mentoria: no Dia Internacional da Mulher, vários de nossos líderes irão chegar às meninas da nossa comunidade local, e em outros lugares, para mostrar como é trabalhar em STEM. A Microsoft também vai receber mais de 125 eventos da DigiGirlz ao redor do mundo, para oferecer oportunidades às meninas do ensino médio e fundamental no aprendizado sobre carreiras em tecnologia, conexão com funcionários da Microsoft e participação de oficinas práticas de informática e tecnologia.
  • Workshops e oradores do STEM: as lojas da Microsoft nos EUA hospedarão as oficinas da DigiGirlz e da Women in STEM em março, com mulheres na aviação, codificação, jogos e espaço. Aprenda a codificar e conheça a astronauta internacionalmente reconhecida, Alyssa Carson, de 16 anos, em Garden City, Nova York, e em Troy, Michigan. Conheça a ex-astronauta e capitã aposentada da Marinha dos EUA, Heidemarie Stefanyshyn-Piper, em Bellevue, Washington.
  • Socializando STEM: compartilhe histórias sobre meninas fazendo coisas incríveis em STEM, usando a hashtag #MakeWhatsNext. Participe no tweetmeet global no @MicrosoftEDU, usando a #MSFTEduChat, para compartilhar suas ideias para motivar as mulheres a seguirem carreiras em STEM.

A disparidade de gênero em STEM é um problema multifacetado. Cada um deve fazer uma pequena parte, e se orgulharem de ser “STEMinistas”. Se cada um inspirar pelo menos uma jovem a ver o imenso potencial na área de STEM, o progresso virá mais rápido e todos nos beneficiaremos.

Mary Snapp é vice-presidente corporativa e líder de Filantropia na Microsoft.

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