Em parceria com ONGs, Microsoft investe em capacitação profissional no Brasil

Joao Victor Recode

Iniciativas de educação auxiliam brasileiros em busca de oportunidades de emprego e de ascensão na carreira

 De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 14 milhões de pessoas estavam desempregadas no Brasil até novembro do ano passado. Já segundo pesquisa da McKinsey Global Institute Analysis, até 2030, cerca de 800 milhões de pessoas no mundo precisarão aprender novas habilidades para seus empregos devido à automação. Visando a capacitar a força de trabalho para o futuro, a Microsoft vem criando diversas iniciativas de educação em parceria com empresas, governos, entidades sem fins lucrativos e organizações não-governamentais para que a população tenha acesso a cursos e certificados que possibilitem a recolocação e a ascensão profissional.

Dentre estas Iniciativas de capacitação estão parcerias da Microsoft com as principais ONGs, tais como a Associação Telecentro de Informação e Negócios (ATN), a Recode, Trust for the Americas, Instituto Crescer e Softex, que possibilitam que jovens e adultos possam iniciar ou melhorar suas trajetórias com base em uma qualificação adequada.

Este é o caso do David Carlos de 20 anos, da cidade de Bauru (SP). O jovem autista encontrou os cursos da ATN em parceria com a Microsoft em 2019 quando foi sugerido pelo seu psicólogo participar do programa “Planejando o futuro”, iniciativa do Centro Especializado em Reabilitação SORRI – BAURU que promove a comunicação e trabalha as habilidades dos alunos para a construção de seus projetos de vida.

homem de óculos sentado
David Carlos

Assim, David realizou aos 18 anos os cursos de informática básica com as ferramentas do Office, iniciação ao C# (linguagem de programação), Hora do Código (programa de introdução à ciência da computação) e Minecraft (que também trabalha conceitos de programação em game). De acordo com o aluno, os cursos o ajudaram em seu estágio em um órgão público de perícia da polícia científica no qual atuava desenvolvendo estudos e programações de aplicativos para o rastreio de carros roubados. “Os cursos aprimoraram muito as minhas habilidades, me ajudaram a obter o conhecimento de forma mais rápida e também me auxiliaram em habilidades simples, como digitação rápida, gerenciamento de documentos que também fizeram a diferença no dia a dia de trabalho”, comenta.

Atualmente, David está cursando a faculdade de Ciência da Computação na FIB (Faculdades Integradas de Bauru), fazendo estágio remoto em uma empresa de Fortaleza na qual atua com linguagens de programação e desenvolvimento front-end, e também segue auxiliando o SORRI-BAURU com C# e Visual Studio Code para a criação de um sistema de registro de ponto.

Outro caso é o do João Victor Chaves (17), morador da favela do Cantagalo, no Rio de Janeiro, que mudou completamente a sua realidade ao conhecer o colégio integral Solar Menino de Luz que possui cursos da Microsoft em parceria com a Recode. “Eu era um adolescente rebelde, ficava muito nas ruas e comecei a ser influenciado pelo meio no qual estava inserido. No 6º ano do Ensino Fundamental fui expulso da escola na qual eu estudava e depois de um tempo passei a estudar no Solar Menino de Luz, onde fui acolhido, mudei minha maneira de ver as coisas e o meu comportamento, e fui me inserido nos projetos integradores, incluindo os cursos de tecnologia”, afirma o aluno.

Na escola, João Victor fez três cursos da Recode, em parceria com a Microsoft, sendo eles: Introdução ao Mundo Digital (boas práticas de uso da internet e ferramentas digitais como Word, Excel e Power Point para criação de currículo, planilhas financeiras e apresentações); Gestão de Projetos e Aplicativos de Impacto (aborda ferramentas para transformação social, técnicas de Design Thinking para desenvolvimento de protótipos de aplicativos com impacto social positivo); Hackeando o seu futuro (formação que permite mapear suas forças e competências profissionais a fim de auxiliar na busca por oportunidades profissionais e na participação em processos seletivos).

Desde que entrou na escola que atua filantropicamente, João criou um projeto de sustentabilidade no qual angariava fundos com grandes marcas e empresas para auxiliar a manutenção do Solar Menino de Luz. E, atualmente, o aluno trabalha como jovem aprendiz na Recode, onde entrou em 2020 para atuar na área de operações. “Depois de um ano difícil por conta da pandemia, foi muito bom poder trabalhar com a Recode, auxiliando-os a impactarem positivamente a vida de outros jovens, como fizeram com a minha. Na comunidade, muitas pessoas não têm condição de pagar cursos completos e intuitivos como esses, então tenho muita gratidão pelo conhecimento e pelas oportunidades que me trouxeram”, comenta João Victor.

De acordo com uma pesquisa da Brasscom divulgada em 2019, o Brasil terá um déficit de profissionais de TI de 290 mil até 2024, o que indica que o País deve continuar a viver uma escassez de talentos e uma lenta transformação digital. Lúcia Rodrigues, líder de Filantropia da Microsoft Brasil, conta que a Microsoft busca diminuir essa lacuna por meio de investimentos em programas de habilidades digitais fundamentais e promovendo o acesso à computação inclusiva. “Apenas em 2019 investimos mais de R$ 48,3 milhões para levar a tecnologia gratuitamente para 2.038 ONGs no Brasil, beneficiando vários projetos sociais e mais 79 mil adolescentes, que participaram de treinamentos patrocinados, permitindo o avanço da digitalização do país e proporcionando emprego na economia digital”, afirma Rodrigues.

Dentre outras iniciativas da companhia está o anúncio da parceria com a Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia (SEPEC/ME) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) por meio do “Escola do Trabalhador 4.0”. A plataforma de ensino remoto com capacidade de atender até 5,5 milhões de candidatos a emprego até 2023, contará com cursos da Microsoft de alfabetização digital, computação em nuvem, Inteligência Artificial e ciência de dados. Além disso, a empresa disponibilizará 58 instrutores para orientações personalizadas para cerca de 315 mil brasileiros.

A Microsoft apoia ainda o Instituto Crescer, junto ao Itaú Unibanco, para promover a qualificação profissional e empregabilidade para novos talentos de acordo com as demandas do mercado, por meio do Geração Crescer. O programa terá cursos de fundamentos técnicos, tais como o uso do Pacote Office, programação, uso de redes sociais de forma empreendedora, entre outros. Dentre o público-alvo estão pessoas em situação de vulnerabilidade, pessoas com deficiência, mulheres negras, comunidade LGBTQIA+ e classes D e E.

Por fim, a Microsoft ainda criou os programas Microsoft Learn, que possui mais de 225 roteiros de aprendizagem, mais de mil módulos em diversos idiomas para auxiliar alunos a aprimorarem suas habilidades técnicas; o AcademIA, um hub de ensino para profissionais interessados em Inteligência Artificial dentro do Microsoft Learn; uma parceria com o LinkedIn Learning para 96 cursos gratuitos que ficarão disponíveis para os brasileiros até dezembro de 2021; e conteúdos de Letramento Digital e Produtividade disponíveis nas páginas da Microsoft. “Ao possibilitarmos o acesso ao conhecimento tecnológico com base nas tendências do trabalho para o futuro, buscamos incentivar as oportunidades de emprego para os profissionais brasileiros, além de visar o desenvolvimento econômico por meio da digitalização do País”, finaliza Lúcia Rodrigues.

 

Sobre a Microsoft  

A Microsoft habilita a transformação digital na era da nuvem inteligente e da fronteira inteligente. Sua missão é empoderar cada pessoa e cada organização no planeta a conquistar mais. A empresa está no Brasil há 31 anos e é uma das 120 subsidiárias da Microsoft Corporation, fundada em 1975. Em 2019, a empresa investiu mais de R$ 48 milhões levando tecnologia gratuitamente para 2.038 ONGs no Brasil, beneficiando vários projetos sociais. Desde 2011, a Microsoft já apoiou mais de 7.100 startups no Brasil por meio de doações de mais de US$ 200 milhões em créditos de nuvem.

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