‘Maravilha em escala’: como a Johns Hopkins Medicine planeja mudar a face da doença

O volume de dados é grande. Seu potencial de encontrar curas, ainda maior.

Na Johns Hopkins Medicine, em Baltimore, EUA, cientistas e médicos estão coletando e explorando grandes quantidades de dados de cuidados clínicos, genômica – até mesmo dispositivos vestíveis – para prever a progressão das doenças e identificar tratamentos individuais.

“A medicina de precisão se concentra no uso de ferramentas revolucionárias em medição, computação e conectividade para reimaginar e reinventar a medicina”, diz o dr. Antony Rosen, diretor de reumatologia e vice-reitor de pesquisa da Johns Hopkins Medicine.

No coração desse compromisso com a medicina de precisão, os clínicos e tecnólogos da Johns Hopkins estão investigando profundamente as doenças individuais, nos subgrupos que compõem essas enfermidades.

Isso porque os pacientes nos mesmos subgrupos de doenças provavelmente têm a mesma biologia subjacente e as mesmas respostas ao tratamento, diz Rosen. Por sua vez, isso pode ajudar os pesquisadores a descobrir os mecanismos que impulsionam essas doenças.

A equipe está conduzindo investigações de big data de pacientes tratados de câncer de próstata, esclerose múltipla, câncer de pâncreas, arritmias cardíacas, esclerose lateral amiotrófica (ELA) e mais, tudo para melhorar diagnósticos, táticas de prevenção e curas.

“Esse é realmente um momento em que as ferramentas vão permitir que os seres humanos reclassifiquem enfermidades com base em subgrupos e mudem totalmente a face da doença”, afirma Rosen.

A Johns Hopkins está contando com a nuvem e o aprendizado de máquina “para realmente permitir a descoberta de maravilhas em escala”, acrescenta Rosen.

Dentro desses terabytes de dados em nuvem, a missão médica continua focada nos pacientes, diz Dwight Raum, diretor de tecnologia da Johns Hopkins Medicine.

“As perguntas que estamos fazendo são geralmente de duas categorias diferentes. A primeira é: como determinamos o melhor prognóstico para esse paciente?”, diz Raum. “Onde você está agora? Onde você estava há seis meses? Onde você estará no futuro?”

“A segunda dimensão é: quais são as melhores intervenções? Se nós sabemos como é o seu prognóstico, quais são as ferramentas que podemos implantar para você em diferentes pontos da sua doença?”, conta Raum. “Podemos usar a tecnologia, pela primeira vez, para redirecionar a forma como estamos fornecendo atendimento ao paciente.”

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