Por César Cernuda //
A forma como trabalhamos mudou. O escritório já não é mais o centro da produtividade. Os nômades digitais começam a ser comuns graças à mobilidade, colaboração, inteligência e confiança na computação. Como cada um desses elementos se manifestam no dia a dia é o que comentarei a seguir.
Aproveitando que estou em Barcelona nesta semana para o Congresso Mundial de Mobilidade, devo enfatizar que ela tem um vínculo direto com as pessoas e não se trata de dispositivos. Um norte-americano tem, em média, três dispositivos para trabalhar e não importa se é num celular, computador ou tablet, ele precisa que a experiência produtiva seja transparente em todas as telas. Isso, graças à nuvem, faz com que o lugar em que estamos não seja um inconveniente.
No escritório, casa, outra cidade, uma cafeteria ou um parque, cada dispositivo que usamos deve nos permitir ser produtivos ao utilizar as ferramentas às quais nos acostumamos.
A colaboração é outro elemento fundamental no novo mundo da produtividade proporcionada pela tecnologia. É cada vez maior a necessidade de colaborar com as equipes de trabalho, não importa o tamanho delas.
Trabalhar em conjunto faz com que a informação flua, enquanto o conhecimento e o talento são compartilhados. Para conseguir isso, precisamos de ferramentas que se integrem e permitam a comunicação.
Coeditar um texto em tempo real com várias pessoas, compartilhando um chat de texto ou voz é uma experiência enriquecedora que elimina as distâncias. Não importa se uma pessoa da equipe está em Buenos Aires e outra em Miami. Ambas estão no mesmo lugar trabalhando e esse lugar em comum é um documento na nuvem.
Agora, a inteligência: estamos em uma era na qual os dados são fundamentais e seu fluxo é veloz e proveniente de diferentes fontes e que, para aproveitá-los, precisamos de inteligência que nos permita obter informações de valor.
Quando temos mais dados completos, nossa capacidade humana se mantém imutável. Por isso precisamos de análises, serviços e agentes que os aproveitem para que nos apoiem na análise e na predição de sucessos. A inteligência artificial é uma grande oportunidade para a produtividade e vai desde uma assistência pessoal, como a Cortana, até uma plataforma que faça previsões sobre o que acontecerá no futuro e, dessa forma, tomar decisões oportunas.
Por último, o trabalho com tecnologia requer um componente de segurança e de confiança para que as ferramentas sejam adotadas e usadas. Por isso, devem ter a capacidade de analisar e aprender com os dados para identificar, interceptar e responder às ameaças.
Devemos ter a confiança de que a tecnologia que usamos não seja vulnerável no momento de nos movermos e de colaborarmos, que nossos dados estejam protegidos de ameaças. E, uma vez que nosso ambiente digital promove a mobilidade, colaboração e o uso da inteligência em um ambiente protegido, então falamos que nossa produtividade agora sim foi transformada pela tecnologia.
César Cernuda é Presidente da Microsoft América Latina.
