Projeto utiliza inteligência artificial, tecnologia espacial e nuvem para gerir rebanhos de forma mais sustentável

Através dos dados, o “SpaceCows” irá permitir o monitoramento de rebanhos no Top End australiano para tomadas de decisão focadas em fatores ambientais, culturais e econômicos

Atualmente, os animais selvagens – principalmente búfalos e gado – são uma ameaça à ecologia e economia do norte da Austrália, mais especificamente no Top End. Para solucionar isto, uma nova abordagem, que reúne conhecimento indígena, tecnologia espacial e inteligência artificial, está sendo desenvolvida com o objetivo de criar o maior sistema de manejo remoto de rebanho do mundo. O projeto SpaceCows, desenvolvido pela Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO) e pela Microsoft, visa criar novas oportunidades econômicas, ambientais e culturais, bem como arquitetar as ‘melhores práticas’ comprovadas para a gestão, usando IA e tecnologia espacial.

No projeto, os animais serão rastreados em uma área combinada de mais de 22.000 quilômetros quadrados, abrangendo, principalmente, as terras indígenas. Ao invés de usar a tecnologia sem fio convencional, que não se adapta à topografia natural e ao ambiente hostil no extremo norte da Austrália, os dados serão coletados usando uma rede de 25 nanossatélites de IoT da Kinéis a 650 km de altitude, armazenados em nuvem com o Azure, e a Microsoft também está desenvolvendo algoritmos de IA e pipelines de aprendizado de máquina que atuarão como a base digital para o programa.

“A chave para fazer isso de forma eficiente e econômica é usar uma tecnologia de rádio baseada em satélites. Com nossos parceiros, estamos construindo tags (marcadores físicos) vinculadas a satélites, que enviam a localização, atividade, temperatura, umidade e alguns outros dados e, em seguida, retransmitem essas informações por meio do sistema IoT dos satélites Kinéis” afirma Dr. Andrew Hoskins, cientista pesquisador da CSIRO.

A inteligência artificial interpretará os dados e fornecerá previsões aos guardas-florestais indígenas usando os painéis do Power BI, plataforma de dados da Microsoft. Isso permitirá tomadas de ação direcionadas ao controle dos animais selvagens, a fim de proteger o meio ambiente e locais culturais importantes. Esta abordagem também cria oportunidades econômicas, permitindo a colheita e comercialização ética destes animais.

Usar os dados de movimento dos animais para criar distribuições observadas e, em seguida, cruzar com dados ambientais – incluindo o clima – permitiu o desenvolvimento de uma série de modelos de cenário que refletem hipóteses reais, o que auxilia na tomada de decisão. Além de apoiar a capacidade local na reunião e manejo ético de gado e búfalos, o programa desenvolverá um treinamento educacional, expandindo as habilidades digitais e as oportunidades de emprego no país para os indígenas.

No futuro, os aprendizados do SpaceCows podem contribuir para outras iniciativas destinadas a enfrentar desafios de animais selvagens como burros, cabras e porcos. Os pesquisadores também estão explorando outras inovações como o recurso do computador planetário da Microsoft, que combina dados ambientais globais com APIs intuitivas que podem ajudar a acelerar o desenvolvimento de soluções locais.

Sobre a Microsoft

A Microsoft (Nasdaq “MSFT” @microsoft) habilita a transformação digital na era da nuvem inteligente e da fronteira inteligente. A missão da Microsoft é empoderar cada pessoa e organização no planeta a conquistar mais. A empresa está no Brasil há 32 anos e é uma das 120 subsidiárias da Microsoft Corporation, fundada em 1975. Em 2020, a empresa investiu mais de US$ 13 milhões levando tecnologia gratuitamente para 1.765 ONGs no Brasil, beneficiando vários projetos sociais. Desde 2011, a Microsoft já apoiou mais de 7.500 startups no Brasil por meio de doações de mais de US$ 202 milhões em créditos de nuvem.

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