Em bancos e financeiras, a análise de crédito é um processo historicamente complicado. Manual, lento e burocrático, o diagnóstico da capacidade de pagamento sempre foi motivo de reclamações de clientes, além de ser um processo caro para as instituições financeiras e com brechas de segurança.
No Brasil, a fintech Simply, de Belo Horizonte (MG), tem se destacado por promover a transformação digital das atividades envolvidas na conferência e avaliação antes da concessão de crédito. Com o uso das tecnologias de automação e nuvem da Microsoft, além de recursos de Inteligência Artificial (IA), a Simply está conseguindo reduzir para uma questão de segundos uma atividade que antes levava minutos, agregando mais qualidade de serviço, baixo custo e menor risco.
Para realizar um processo de conferência e análise de crédito totalmente digital, a Simply usa duas ferramentas. A primeira, batizada de Atomics, baseia-se em IA para automatizar uma série de processos que antes eram feitos manualmente. Ela classifica eletronicamente documentos como RG, CPF, CNH, comprovantes de endereço, contratos e termos de adesão. O sistema inteligente também é capaz de detectar fraudes, como duplicidade e adulteração de documentos. A ferramenta ainda verifica se todos os documentos estão assinados e, no caso de pessoas analfabetas, faz o reconhecimento da impressão digital. Ao final do processo, as imagens dos documentos são convertidas em dados.
Uma segunda ferramenta, o S-Works, é responsável por executar de forma eletrônica as tarefas posteriores à triagem dos documentos, tais como: checklist, comparação de informações, consultas em sites externos e validação de regras de negócios. Essa tecnologia pode ser aplicada a diversos produtos financeiros de uma instituição, como os processos de abertura de contas, contratação de empréstimos, venda de cartões, entre outros.
As duas ferramentas da Simply rodam em Azure, a nuvem da Microsoft, que reúne a capacidade de processamento de dados necessária para o uso de Inteligência Artificial, Machine Learning e manipulação de grandes bancos de dados. A nuvem permite o processamento de milhares de documentos por hora, com a possibilidade de se adaptar automaticamente a picos de demanda sem qualquer impacto no desempenho e na qualidade do serviço oferecido pela Simply. A escolha do Microsoft Azure também foi pautada em segurança e privacidade, requisitos mandatórios da legislação vigente para o setor financeiro.
“Identificamos em nossas operações que 30% das propostas que os nossos clientes recebiam não apresentavam todos os documentos obrigatórios, o que consumia grande esforço manual de conferência”, conta Roberto Rigotto, CEO da Simply. “Automatizamos todo o trabalho manual que ainda era feito pelos bancos e, por meio das soluções da Simply com a nuvem da Microsoft, simplificamos o processo de análise da documentação. Com essa troca para o digital, diminuímos o tempo de análise da proposta do crédito consignado em 90% e eliminamos o risco envolvido na operação”, explica Rigotto.
