Simuladores de treinamento CAE nos deixam mais seguros — de hospitais até os céus

Falta poucos instantes para o nascimento. A futura mãe está deitada enquanto uma estudante de medicina senta-se ao pé da cama com luvas cirúrgicas — essa é uma cena comum em muitas salas de parto ao redor do mundo. Exceto pelo fato de que a futura mãe e o feto em questão são manequins e a estudante de medicina usa o Microsoft HoloLens.

Ao usar o dispositivo, a estudante olha para o abdômen da mãe e vê um holograma do feto no útero, antes de ele rotacionar e descer para o canal de parto. A partir desse ponto, a sessão de treinamento de realidade mista se torna desafiadora.

De repente, os ombros do bebê ficam presos no interior da mãe, o que representa um risco de complicação — mas essa é uma emergência disparada propositalmente pelo professor em sala de aula. A estudante precisa agir rápido. Ela coloca suas mãos no pequeno manequim e, gentilmente, libera os ombros, completando com segurança outro parto digital.

O CAE LucinaAR — primeiro simulador de paciente humano com HoloLens — deu outra aula digital de forma simultânea. A tecnologia vem da CAE, companhia canadense que oferece soluções de treinamento virtual para avaliar o desempenho humano, melhorando a segurança geral em áreas que vão desde o cuidado da saúde, passando por aviação civil até operações de defesa.

Estudante de medicina treina o parto de um bebê com CAE LucinaAR e HoloLens.

“A CAE opera em três setores nos quais as apostas são altas, onde não há espaço para erro e onde as pessoas precisam ser bem treinadas para estarem prontas para situações incomuns que podem levar a catástrofes”, afirma o Dr. Robert Amyot, presidente da CAE Healthcare, um dos três segmentos de negócios da CAE.

“Treinamento em ambientes de trabalho são perigosos e muito caros”, afirma Amyot, cardiologista de formação. “Assim, treinamos pilotos para tornar os voos mais seguros. Treinamos as forças de nossa divisão de defesa e segurança para deixá-las mais preparadas para suas missões. E treinamos clínicos e fornecedores de cuidados de saúde para aumentar a segurança do paciente.”

Ao se tornarem digitais, cada um desses regimentos de treinamento estão se tornando mais precisos em atrelar e endereçar vulnerabilidades humanas, explica Marc Parent, CEO da CAE.

No reino da aviação, a CAE guia pilotos na preparação para potenciais adversidades no ar, usando simulações individualizadas construídas com inteligência artificial e Internet das Coisas.

 

Um novo piloto treina em um simulador de voo CAE.

“Apesar de ser o meio de transporte mais seguro do mundo, os pilotos têm sido avaliados de forma subjetiva”, diz Parent. “Mas agora, ao aproveitarmos os dados que os simuladores — movidos pela nuvem — nos dão, podemos dar a eles uma avaliação objetiva em tempo real. Isso tem um valor inestimável.”

“Quando os pilotos vão para o simulador, somos capazes de dar a eles insights personalizados sobre suas habilidades, em como eles executam diferentes práticas operacionais. Isso eleva o nível deles”, afirma Parent. “E a prática leva à perfeição.”

 

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