Microsoft aposta na internacionalização das Startups com nova edição do Ativar Portugal

 |   Ines Monteiro

A internacionalização das startups portuguesas de base tecnológica marca uma nova fase do Ativar Portugal, o programa que a Microsoft Portugal criou em 2014 e que tem como fim último a dinamização e crescimento da economia do País. Sabendo que as startups são um dos motores deste crescimento, há um ano a Microsoft Portugal concentrou os seus esforços no apoio aos empreendedores nacionais de elevado potencial e, agora, reforça esta aposta focando as suas atenções na internacionalização, um dos tópicos cruciais para o sucesso global das startups portuguesas. A missão continua a mesma: reunir os melhores para ajudar as novas empresas a criarem negócios de sucesso à escala mundial.

Nesta nova edição do Ativar Portugal: Startups a Microsoft Portugal volta a reunir todo o ecossistema empreendedor nacional – onde se encontram as principais incubadoras, aceleradores, investidores, mentores, clientes e potenciais entidades de apoio à promoção nacional e internacional – e revela os projetos de startups portuguesas de maior potencial e as suas inovações. Ao longo deste primeiro ano, o Ativar Portugal já apoiou mais de 100 startups de base tecnológica e já é possível consultar as novas startups selecionadas através do guia “Portugal Startups Spotlight 2016”, disponível no link http://aka.ms/booklet2016.

Dedicado à internacionalização, o evento que tem hoje lugar na Microsoft Portugal (e que pela primeira vez será possível acompanhar em direto a partir das 09h30 através do link http://aka.ms/ativarportugalstreaming), conta com a presença de João Vasconcelos, secretário de Estado da Indústria, Alexandre Barbosa, CEO da Faber Ventures, Paulo Pereira da Silva, CEO da Renova, João Couto, diretor geral da Microsoft, bem como os líderes de alguns dos casos de referência desta nova geração de empresas, como Rui Bento, da Uber, André Cardote, da Veniam Works e Miguel Santo Amaro, da Uniplaces, e com o encerramento de Sua Excelência, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. E para que a entrada nos mercados externos seja facilitada haverá igualmente, no âmbito da parceria estabelecida com o programa, uma sessão da responsabilidade dos delegados da AICEP em Londres, Berlim, Nova Iorque e S. Francisco. No final da sessão, haverá ainda uma entrega de prémios aos que mais se têm destacado neste ecossistema: o prémio ‘Melhor Contribuição para o Ecossistema’ foi entregue à Caixa Capital, e a Talkdesk conquistou o título ‘Startup do Ano’.

Para cumprir o objetivo de reunir as várias partes deste ecossistema e potenciar possíveis parcerias que alavanquem o crescimento mútuo, durante o dia decorre uma ronda de encontros que funcionam segundo uma dinâmica de “Business Speed Dating”. É a quarta vez que este tipo de encontros acontece, tendo-se registado no primeiro ano mais de 310 reuniões entre grandes empresas portuguesas e internacionais e as startups apoiadas pelo Ativar Portugal (só hoje realizam-se cerca de 250 novos encontros).

Além do acesso ao conjunto de parceiros, mentores e à rede de clientes da Microsoft, as startups suportadas pelo Ativar Portugal beneficiam gratuitamente de software, ferramentas e serviços Cloud da Microsoft – estes últimos podem ir até 100.000 euros – graças ao programa BizSpark, que desde 2008 já apoiou cerca de 1300 startups em Portugal. Além disso, têm à sua disposição a sala BizSpark, na sede da Microsoft para uso exclusivo e gratuito – sala esta que desde a sua introdução, há um ano, tem conhecido uma ocupação diária total. Outra componente importante é o acesso mais fácil a financiamento, quer diretamente junto de empresas de capital de risco e business angels, quer através do Programa MAIS/Portugal 2020.

Para João Couto, diretor geral da Microsoft Portugal, “o setor tecnológico é uma das grandes oportunidades para Portugal se tornar relevante. E as startups são uma excelente oportunidade para colocar Portugal em destaque positivamente, num contexto de uma economia global, e desta forma sermos mais competitivos e acelerarmos o nosso desenvolvimento económico”.

Estudos provam vitalidade do setor

Portugal tem elevado potencial no que toca ao desenvolvimento de startups – todos os anos surgem cerca de 35.000 – e isso tem um impacto bastante positivo na economia do País. De acordo com um estudo da Dun & Bradstreet de março de 2016, 2,5% das startups existentes em Portugal com menos de um ano são tecnológicas, e 2,4% das empresas jovens (entre um e cinco anos) também são tecnológicas. Estes dois indicadores ganham maior relevância quando comparados com as empresas tecnológicas com mais tempo no mercado: só 1,8% tem mais de seis anos.

O estudo do Startup Europe Partnership também aponta para a vitalidade do ecossistema português de startups, tendo identificado num estudo de 2015 que existem já 40 scaleups- startups com um investimento de pelo menos um milhão de dólares nos últimos cinco anos que, em conjunto, já angariaram mais de 166 milhões de euros junto de venture capitals. Este número tende a crescer no curto prazo, uma vez que outras 24 startups já atraíram mais de 500.000 dólares, estando no caminho para que, no curto prazo, possam também ser consideradas scaleups. Além disso, nos últimos cinco anos verificaram-se nove processos de fusão e/ou aquisição, todos eles internacionais.