Governo e Microsoft aliam-se para combater cibercrime e exploração infantil

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A Microsoft Portugal organizou ontem um evento conjunto, com o Gabinete Nacional de Segurança, no Forte de São Julião da Barra, em Oeiras, com o objetivo de criar um ecossistema de ciberespaço mais seguro e o reforço de políticas públicas de segurança em Portugal.

No âmbito do evento foi assinado um acordo de intenções, entre a Microsoft Portugal e o Gabinete Nacional de Segurança, para a cooperação na área de Cibersegurança. A Microsoft Portugal assinou também, com a Polícia Judiciária, um Memorando de Entendimento, que permite a disponibilização da tecnologia Photo DNA, da Microsoft Corporation, para reforço das competências de investigação da Polícia Judiciária.

O evento contou com a presença de Maria Manuel Leitão Marques, Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, António Gameiro Marques, Diretor-Geral do Gabinete Nacional de Segurança, e da Diretora-Geral da Microsoft Portugal, Paula Panarra.

Numa era em que a média global do custo de um data breach está avaliada em cerca de 3,6 milhões de dólares, e uma organização comprometida demora perto de 100 dias a detetar as ameaças , torna-se fulcral a cooperação entre organizações e a conjugação de esforços entre entidades públicas de relevo na Segurança e entidades líderes de mercado na área Tecnológica e de Segurança Digital.

Com o Ministério da Justiça foi assinado um Memorando de Entendimento que prevê a disponibilização, à Polícia Judiciária, de uma ferramenta tecnológica desenvolvida pela Microsoft – denominada PhotoDNA – que permite a identificação unívoca de imagens e a sua eliminação da web, sendo utilizado maioritariamente na prevenção e combate a crimes de exploração/pornografia infantil. Só em 2017, a tecnologia PhotoDNA esteve na base da criação de 9 milhões de CyberTipline Reports disponibilizados ao Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Exploradas dos EUA. O PhotoDNA permitiu a criação de um ecossistema de tecnologias partilháveis e standardizadas, desenvolvidas com o propósito de combater crimes que envolvam quantidades massivas de imagens e vídeos.

Para Paula Panarra, Diretora-Geral da Microsoft Portugal, “à semelhança de outras áreas, também a investigação forense e o combate ao cibercrime estão a ser impactados positivamente pela digitalização, nomeadamente por via do recurso a inteligência artificial e à capacidade de computação em cloud, permitindo reforçar a capacidade operacional das forças de segurança.”.

Para António Gameiro Marques, Diretor-Geral do Gabinete Nacional de Segurança, “a conjugação de esforços entre entidades públicas e privadas permite ao Estado português estar mais próximo do que melhor se faz a nível mundial nesta área, tendo, desta forma, acesso a informação privilegiada, que permitirá a diminuição significativa do tempo de deteção e reação a ameaças de cibersegurança.”