Em um mundo cheio de dados e impulsionado pela nuvem, estamos vendo o surgimento de uma série de inovações que usam Inteligência Artificial. Muitas empresas estão abraçando essa tecnologia para lançar produtos, transformar seus serviços e encantar seus clientes. Mas a Inteligência Artificial pode ir além de soluções de negócios. Ela pode ajudar pessoas e organizações a resolverem os problemas mais importantes da sociedade. Uma das áreas que pode se beneficiar desses avanços é a saúde. No mundo todo, a Microsoft está trabalhando em conjunto com universidades e hospitais para contribuir com a inteligência dos dados para a cura de doenças.
No Brasil, a Microsoft também tem estabelecido parcerias com diversas instituições para empoderar profissionais da saúde a conquistar mais por meio da tecnologia de Inteligência Artificial. São serviços capazes de melhorar a rotina de médicos e enfermeiros e trazer mais qualidade ao atendimento aos pacientes.
Exames instantâneos
Um dos grandes desafios da saúde, especialmente no Brasil, é criar formas de ganhar velocidade e reduzir os custos do atendimento à população. Um dispositivo inovador, desenvolvido no Paraná, promete fazer a transformação digital da medicina diagnóstica, ganhando tempo e reduzindo os custos do diagnóstico. A Hi Technologies, empresa de Curitiba que desenvolve soluções tecnológicas para humanizar a área médica, criou o Hilab, um aparelho compacto que permite um exame de sangue expresso, capaz de oferecer com poucas gotas de sangue e em alguns minutos o diagnóstico para doenças como HIV, vírus Zika, dengue e hepatite, além de realizar outros exames como gravidez, colesterol, hemoglobina, vitamina D, glicemia, entre outros.
Desenvolvido com tecnologia de nuvem da Microsoft e processador Intel, o Hilab introduz tecnologias como Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial na tarefa de obtenção de um diagnóstico. Os benefícios potenciais são evidentes: tratamentos que podem ser iniciados de imediato, situações graves que podem ser evitadas, e, logicamente, menos dor, espera e angústia para os pacientes. “O Hilab traz o laboratório para a mão do médico, e isso muda o cenário da saúde”, diz Marcus Figueredo, CEO da Hi Technologies.
O Hilab também utiliza os serviços de inteligência artificial da Microsoft na análise dos exames. No futuro, isso permitirá que especialistas da Hilab consigam emitir mais laudos por minuto e identificar resultados atípicos ou críticos. Ela ainda auxiliará no rastreio e na identificação de doenças. No futuro, um chatbot poderá ser integrado ao sistema do Hilab, o que permitirá uma conversa direta entre o médico e o paciente.
Proteção dos pacientes
A queda de pacientes dos leitos durante uma internação hospitalar é um grave e antigo problema que profissionais e instituições de saúde vêm tentando há décadas resolver. Debilitadas pela inatividade, pessoas tendem a cair com frequência, prejudicando a recuperação e, por vezes, agravando um quadro delicado. Com o objetivo de cuidar melhor de seus pacientes, o Hospital 9 de Julho, de São Paulo, iniciou um projeto pioneiro que usa uma tecnologia de Inteligência de Artificial desenvolvida pela Microsoft, a visão computacional, para reduzir os riscos de queda.
Um sistema de Inteligência Artificial “aprendeu” a reconhecer visualmente um leito hospitalar. Pesquisadores da Microsoft gravaram milhares de imagens de pessoas deitadas, sentadas na cama, tentando se levantar e de pé. Uma análise desse banco de dados permite definir as situações em que um paciente pode estar tentando sair do leito. Depois, uma câmera é instalada no quarto e gera imagens em tempo real do paciente para o sistema. Caso uma das imagens sugira um movimento de sair da cama, um alerta é gerado para o enfermeiro, que pode verificar diretamente se a pessoa está mesmo tentando se levantar. Dessa maneira, é possível agir preventivamente e evitar uma queda. Vale notar que o monitoramento é inteiramente feito por máquinas, sem nenhuma intervenção humana, o que preserva a privacidade do paciente.
Desenvolvido pelo time do Laboratório de Tecnologia Avançada (ATL) da Microsoft no Brasil, o sistema deve estar disponível no hospital até o início do ano que vem.
Combate ao câncer
No mundo todo, cientistas e engenheiros da Microsoft vêm criando parcerias com renomadas instituições de saúde para infundir mais tecnologia no combate ao câncer. Computação quântica, machine learning e visualização de dados são algumas das armas que podem transformar digitalmente a forma como se trata a doença, do diagnóstico ao tratamento.
No Brasil, a Microsoft se uniu ao Grupo Oncoclínicas, maior instituição especializada no tratamento do câncer na América Latina, para aumentar a agilidade e a precisão dos diagnósticos. Na radioterapia, a inteligência artificial ajuda médicos no planejamento do tratamento. Um sistema identifica a imagem exata da área do tumor para evitar que órgãos saudáveis sejam irradiados. Hoje, o médico usa um processo manual para definir as fronteiras da radiação, os chamados “pontos de corte”, em cerca de 40 minutos. Com a inteligência artificial, uma máquina pode analisar a imagem e determinar com segurança e precisão em apenas 3 minutos. Após a análise digital, o médico entra em cena para validar a análise do computador antes do início da sessão de radioterapia. Atualmente, o sistema está sendo utilizado em uma clínica do grupo no Rio de Janeiro.
Na quimioterapia, a parceria entre Microsoft e Oncoclínicas conta ainda com o reforço acadêmico do Centro de Estudos Sociedade e Tecnologia (CEST) da Universidade de São Paulo (USP). A entidade, que recebe apoio da Microsoft, está desenvolvendo um algoritmo capaz de analisar e estabelecer correlações entre diagnósticos anteriores de diferentes pacientes. É uma espécie de segunda opinião digital, que dá maior segurança ao médico na hora de decidir qual caminho seguir na indicação do tratamento. “A colaboração entre o Grupo Oncoclínicas e a Microsoft é mais um exemplo dos esforços que temos empreendido para trazer ao Brasil as mais avançadas tecnologias e as melhores práticas assistenciais do mundo no combate à doença”, diz Luiz Natel, CEO do Grupo Oncoclínicas.
Esses são exemplos de como a Inteligência Artificial pode contribuir com a saúde, empoderando o trabalho de profissionais da área, aumentando a segurança de diagnósticos e trazendo um salto de qualidade de vida para pacientes.
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